Eu não pretendia postar nada por esses dias, mas hoje senti uma vontade indizível de postar as coisas que me acontecem naquela Universidade onde o vento faz a curva.
O dia tinha tudo, absolutamente tudo pra dar certo, ou quase tudo, porque aula dia de sexta não é lá um dos ingredientes essenciais para um dia perfeito.
O ato de ir pra aula foi tranquilo, o caso foi voltar.
Estávamos eu e uma amiga voltando para casa, andando até a pista para pegar o ônibus, primeiro sinal de pobreza, pegar ônibus (leia-se: Eustáquio Gomes)... Estávamos pra variar dizendo que deveríamos ter um carro e todos aqueles sonhos consumistas de duas pessoas que queriam chegar em casa dentro de meia hora, no ar condicionado e ouvindo música. Nesses casos o que nos resta é a imaginação e foi ai que surgiu todo o silogismo, todas as viagens loucas e o blá blá blá abaixo... Um genérico, do genérico do silogismo, com algumas premissas pobres também :P
1 - Existo, logo sou pobre .
2 - Me olho no espelho, logo percebo que sou eu, por isso sou pobre.
3 - Pego Eustáquio Ponta Verde, logo sou pobre.
4 - Vou em pé no ônibus lotado, logo sou pobre.
5 - Corro do meio da passarela como uma louca desesperada pra não perder o ônibus, logo sou pobre.
6 - Me aperto no meio do povo pra passar, logo sou pobre.
7 - Durmo no ônibus com a cabeça pendendo pro passageiro ao lado, logo sou pobre.
8 - Falo alto quando estou acompanhada, logo sou pobre.
E vários e vários silogismos cabem ai.
Hoje por exemplo, além de eu ter protagonizado os números 3, 4, 6 e 7. Quando faltavam 10 minutinhos pra chegar em casa, em frente ao marzão da Ponta Verde, o busão quebra, em plena chuva... Tenho que descer, andar e andar e andar pra o ponto mais próximo, com o cabelo desgrenhado, cara de sono, dor de cabeça e xingando até a quinta geração daquele Ser Amarelo e sem alma, porque se é verdade a teoria de que tudo nesse mundo tem alma, eu tenho absoluta certeza de que ele não tem. Tudo vingançinha barata por eu ter me separado dele, ele me paga caro da próxima vez, ainda não sei como, mas ele pagará.