Liguei a TV e meus olhos foram invadidos por imensas nádegas redondas, bronzeadas e sem um pingo de celulite... Olhei para minha humilde bunda branca, depressão!
Eram as nádegas da mais nova celebridade instantânea, uma tal mulher Melancia. Ela tava naquele programinha chato, saca o Programa do Gugu? Ele mesmo. As nádegas cantavam: “Sou a mulher Melancia e tenho um popo GG gigante” (uma poeta). As nádegas cantavam, já que a mulher Melancia não é uma pessoa, é uma bunda ambulante.
Antes que alguém se manifeste e diga que estou com inveja de seu popo GG, digo que só lamento. Essa é uma breve introdução pra uma nova (ou nem tão nova), constatação... O culto à bunda.
Um dia desses vi uma reportagem sobre bundas (o.O), formas de deixá-las mais turbinadas e atraentes, já que é disso que os homens gostam, é a tal preferência nacional e ter bunda grande representa status de gostosona, que equivale a ser um símbolo sexual e isso deve ser encarado como a maior glória que uma mulher pode ter.
Na internet, a mesma coisa, no site de notícias as pessoas estão falando sobre economia, política e lá do ladinho tem uma janelinha piscando com a foto de alguma mulher que fez um ensaio fotográfico HOT e tá só esperando seu clique.
Elas geralmente estão de calcinha fio-dental pra mostrar seu imenso bumbum siliconado, blusa branca molhada, com os seios à mostra e aquela boquinha entreaberta pra dar o ar de sensualidade, sem esquecer da cara de “Estou apenas pedindo prazer sexual” e os olhinhos de "Estou pronta, sempre!”
O sonho delas é posar nua, ganhar alguns milhões, 15 minutos de fama, algum escândalo pra não sair da mídia, entre outros lindos e promissores sonhos.
Sabe, acho melhor ficar com minha humilde nádega, acho que ela me garante mais cérebro, deve ser algo inversamente proporcional, vai saber.