quinta-feira, 7 de março de 2013

Reticências...




Reticência, segundo o dicionário indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar, omissão de algo que podia ser escrito, mas não é. A vírgula indica uma pausa na fala. Já a interrogação, denota um sinal de dúvida, de procura por uma resposta. O ponto final marca uma pausa absoluta. 

Ele é reticência, vírgula e interrogação. Nunca um ponto final.

Ele me faz ser um agente da passiva, cala a minha voz reflexiva, me faz ser uma oração reduzida de infinitivo. Esperar. 

Como dizia Mário de Andrade: amar é verbo intransitivo. Se deve amar, simplesmente, sem se deixar prender ao objeto do amor. Sinto muito, mas em suas mãos já me sinto um verbo transitivo indireto, que ainda por cima tem a cara de pau de exigir uma preposição.

Ele tem nome próprio, mas para mim é um substantivo abstrato, com todos os adjetivos que eu puder imaginar.

 Ele se comporta com um superlativo relativo de superioridade, fazendo de conta que é de inferioridade.

Ele é o paradoxo e não fala por metáforas. Muita ironia e não tenta me aliviar com nenhum eufemismo.

Ele é um artigo indefinido. É o modo subjuntivo do advérbio e sem querer acaba sendo imperativo.

 Ele mais que ninguém é o advérbio de dúvida, acaso, porventura, talvez...

Eu sou de afirmação, mas nossos caminhos acabaram virando um advérbio de tempo. Muito mais para  “em breve” do que para  “às vezes”.

Preposição, palavra invariável que liga dois elementos de uma oração, subordinado o segundo ao primeiro, regente e regido.

Eu regida, sob. Você regente, sobre.