Ele: A cumprimenta.
Ela: Retribui o cumprimento.
(A conversa permanece por um tempo em um nível civilizado discorrendo sobre banalidades cotidianas).
Ele: Sempre se achava no direito de manipulá-la como se fosse um fantoche à mercê de suas vontades. Ele se gabava de conseguir sempre o que queria e isso lhe dava segurança.
Ela: Sabia exatamente o que ele pensava e por isso sentia uma necessidade enorme de se vingar do FDP em questão e sabia exatamente como fazê-lo.
Ele: Dá uma brecha e ela começa a sua vingança arquitetada há poucos segundos.
Ela: Joga na cara dele sua enorme felicidade, faz questão que ele entenda bem que não precisa mais dele para ser feliz. Conseguia agora ser feliz por si mesma.
Ele: Aparentemente desesperado e chocado por ela ter conseguido se livrar da presença dele, tentava manter o auto-controle, mas estava claro que ela tinha conseguido quebrar-lhe as pernas. Começa então a reagir.
Ela: Percebe claramente suas intenções de querer virar o jogo e deixa que ele fale à vontade para depois dar outro golpe.
Ele: Fala de sua suposta felicidade que minutos atrás não existia e que só veio despertar por conta de "confissão" dela. Diz que agora sabe o que é ser feliz, amado e querido. Arrisca-se até a dizer que está dez vezes mais feliz do que ela está.
Ela: Dá então outro golpe. Com um sorriso cínico no rosto diz que a felicidade dela é querida por todos aqueles que nunca fizeram dele também querido. Todos reconhecem agora que ela é verdadeiramente feliz, só agora como em nenhum momento de sua vida ela conseguiu ser. Nem na presença de tão "apetecido" amigo que ele suponha ser, ela foi.
Ele: Está desnorteado e faz tentativas desesperadas de derrubá-la.
Ela: Acha tudo muito engraçado, ri por dentro, solta fogos de artifício interiormente, tudo isso escondido em sua cara de indiferença. Gargalha com tanta estupidez. Sentia-se de alma lavada, era disso que precisava, era essa sua doce vingança tão ansiada. Ele finalmente vai embora para o raio que o parta.
Ele: Com cara de quem está muito irado, mas tenta disfarçar e dar uma de maduro, de aduto, coisa que nunca foi e desconfia-se que não saiba o significado de tão estranha palavra. Claramente tentava despertar nela um sentimento de culpa, de arrependimento por tê-lo deixado ir, queria despertar algo que a fizesse desistir de sua felicidade.
Ela: Não sentia peso algum, tão pouco arrependimento. Sentiu-se aliviada. Livrou-se dele como quem tira um sapato apertado.
Ele: Faltando argumentos, ele retirou-se silenciosamente. Semblante de vitória, como se tivesse conseguido plantar dentro dela a semente da tristeza.
Ela: Respirou enfim com aquela ansiada partida. Não sentia tristeza, nem outra coisa qualquer. Nem de pena ele era digno. Um coitado! Egoísta e orgulhoso! Só isso. Tentava derrubá-la e cada vez mais só conseguia se afogar na própria estupidez.
Falar mal todo mundo consegue. Mas, falar mal bem, são outros 500.
ResponderExcluirPartindo desse universo, creio que cada "conto", ou "crônica", nos leve o mundo das idéias dos autores, que só nos cabe o dever de entrá-lo, visitá-lo, tirar suas conclusões, ou seja, amá-lo ou odiá-lo?
Neste caso, tenho certa "simpatia" pela autora, mas odiei o este fato que ocorreu seu universo bidimensional (real/ficcional).
Não imaginei tal forma de narrar, me surpreendeu. Gostei e continuarei aqui visitando este universo na qual tenho passagem garantida, de ida e (talvez) de volta.
Abraços.
PQP, texto massa! Amei... ^^ Sei do que vc está falando, não é? o.O É evidente! :O
ResponderExcluirParabéns pelo texto Cecill :p
:*
=O
ResponderExcluirEspero que não seja baseado em fatos reais...
=D
Meu irmão! O que foi isso? :O Parabéns, Cecília. Foi foda! E essa forma de escrever? Adorei! Adorei mesmo! =*
ResponderExcluirSim Derek, foi baseado em fatos reais.
ResponderExcluirEduardo... Obrigada! Que bom que vcs estão gostando :D
:**