Segunda-feira, um dia não muito querido pela maioria das pessoas. Um dia chuvoso como outro qualquer nas últimas semanas, detalhe esse que nem chega a ter tanta importância para alguns já acostumados à “garoa” maceioense.
Essa era uma segunda-feira diferente, definitivamente. A maioria da população de Maceió depende dos coletivos para se locomover, seja para o trabalho, faculdade, escola ou qualquer um de seus compromissos diários, mas hoje a cidade parou. Ninguém ia, ninguém vinha e quem conseguia a proeza de chegar ao seu destino era à custa de muito esforço, espremidos nos poucos ônibus, lotados, que ainda rodavam pela capital. Alguns ainda nem sabiam o que de fato estava acontecendo. Quando souberam, chocaram-se com o motivo da paralisação. Ninguém acreditava que os ônibus estavam sendo, novamente, alvo de ações criminosas onde um trabalhador tinha sido executado de forma tão cruel. Eles ainda não sabiam o que estava por vir.
Motoristas e cobradores das empresas de transporte urbano, Cidade de Maceió e Piedade fecharam ruas do Centro de Maceió e corredores do Conjunto Eustáquio Gomes em protesto pela morte de um cobrador que fazia a linha Ufal/Ipioca, assassinado no último sábado em um assalto, nos arredores da Cidade Universitária. Ou seja, 70% da frota da cidade estava parada. O caos reinou por completo. Era melhor desistir de trabalhar e se dar um dia de folga, não se ia mesmo chegar na hora, pra quê a pressa?
Nos perguntamos, por que ainda acontece esse tipo de coisa em um Estado onde as “autoridades competentes” julgam ser seguro para viver? O descaso com o transporte coletivo é claro, com a segurança pública, nem se fala. Vivemos todos um clima de terror, onde andar na rua e pegar um ônibus virou atividade de risco, já que não se sabe se teremos nossos pertences levados, ou pior, se voltaremos para casa. Cobradores e motoristas então, devem viver em clima de tensão permanente.
Alguns se desesperam por não conseguir chegar ao seu destino, outros já desistem no meio do caminho. Lutei firme e forte para chegar ao trabalho, após 2 horas e meia consegui percorrer um caminho que levaria no máximo 40 minutos, tudo dentro de um ônibus que parecia comportar toda Maceió dentro dele.
Amei meu anjo!
ResponderExcluirMorrendo de saudades de você.
Beijos!
É pelo visto eu não fui o único que se esforçou para chegar ao trabalho. :)
ResponderExcluirE parece que tudo isso que acontece na cidade de Maceió é coisa rotineira, pois a paralisação parece não ter adiantado muita coisa. :S
Parabéns pelo post, muito bom, todo mundo devia dar uma lida e começar a pensar um pouco.
Ansioso à espera do próximo!